Cabocla Jupiara

A HISTÓRIA DA CABOCLA JUPIARA

( Imagens Ilustrativas/ fonte internet)

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A Cabocla Jupiara, guerreira e flecheira, é filha da Cabocla Jurema e do Caboclo 7 Flechas. Primogênita do casal e irmã de Jandira, Jacira e Jaciara, ganhou o título de Princesa das Matas.

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CABOCLA JUPIARA
A Cabocla Jupiara viveu no interior de Alagoas, entre os índios Caetés, e sua tribo praticava o canibalismo em rituais de sacrifício. Faziam isso para mandar a mensagem de que eram fortes e conquistadores. Esse sacrifício era feito somente quando necessário, para mostrar aos seus adversários do que eles eram capazes.

Essa linda cabocla era muito inquieta, tinha uma velocidade superior a muitos da sua tribo e se destacava pela forma como manejava a lança, pois ninguém fazia igual.

Por todas essas características, era impossível evitar que ela se envolvesse em problemas com os outros caboclos da tribo e isso preocupava seu pai, mas ele não conseguia evitar.

Era uma cabocla inquieta, escorregadia e de uma força muito vibrante. Tinha o dom de se camuflar nas matas e a destreza no uso do seu arco e flecha.

Quando os portugueses invadiram suas terras e atacaram os índios, alguns conseguiram se salvar, fugindo para as matas que ainda não haviam sido desbravadas. Já Jupiara permaneceu na luta, ao lado do seu noivo Juperê e da sua tribo, e ali morreu.

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CARACTERÍSTICAS DA CABOCLA JUPIARA
A Cabocla Jupiara vem na linha de Oxóssi, na vibração da grande guerreira Iansã. Por conta disso, é uma cabocla forte, muito séria, de postura firme e até um pouco ríspida e de poucas palavras. Seu trabalho é voltado principalmente para o descarrego e a limpeza de ambientes.

Essa cabocla guerreira não gosta de dançar. Sua paixão sempre foi a caça, acompanhada pela batalha e pela busca no meio da mata e no alto das pedreiras.

Jupiara é uma das poucas caboclas que usa um penacho e não um cocar. Isso se dá em respeito à sua mãe, a Cabocla Jurema, que carrega um enorme cocar, por ser a rainha das matas.

Seus médiuns trabalham com guias nas cores verde, vermelha e amarela, podendo ainda existir a presença do azul anil, e utilizam o charuto como instrumento de trabalho, usando a manipulação da fumaça para defumar ambientes ou os consulentes, afastando as energias negativas.

Para beber, essa Cabocla trabalha tanto com a água de coco como com vinho e cerveja clara. Além disso, gosta que seus coités (produto de trabalho artesanal, originado do coco, aberto como um instrumento semelhante ao copo) sejam coloridos, com marcas de tintas da sua cor, simbolizando as batalhas que enfrenta.

Um outro ponto é que ela utiliza muitas ervas para dar passe em seus consulentes, como folhas de bananeira, peregun (espada de Iansã ou Santa Bárbara), guiné, arruda, etc. Ela reúne tudo e faz o comumente chamado “bate folhas” (reza de uma entidade com folhas e ervas passadas no corpo de quem está sendo rezado) nos consulentes.

Sua oferenda pode ser feita com frutas variadas, além milho, raízes e coco.

CARACTERÍSTICAS DA INCORPORAÇÃO DA CABOCLAJUPIARA
A Cabocla Jupiara, quando chega em terra, se ajoelha em um dos seus joelhos, esticando a outra perna e bradando, ao mesmo tempo que simula o lançamento de uma flecha em direção ao Congá (altar com imagens de orixás, caboclos, marinheiros, boiadeiros, etc) e posteriormente em direção à porta do terreiro.

O brado serve para avisar as energias negativas que a cabocla já chegou e que cada ser vai ocupar o seu lugar de merecimento no astral.

Já quando ela lança sua flecha em direção ao altar do terreiro e depois em direção à porta da casa, o faz para tratar as energias negativas que já foram recolhidas, em seguida colocando-as para fora.

Ela trabalha com os olhos bem cerrados, quase fechados, com uma expressão bem séria. Algumas vezes pede que seu médium pinte o rosto com tinta da cor de sua escolha, principalmente se for dia de festa ou gira de toque de caboclo. Então será necessário dar passe em muitas pessoas.

SAUDAÇÃO E SEU SIGNIFICADO
A linha dos caboclos possuem apenas uma saudação, incluindo a Branca:

Okê Cabocla ou Okê Cabocla Jupiara, o que significa: Salve aquela que grita, que brada! Salve Cabocla Jupiara.

ORAÇÃO À CABOCLA JUPIARA
Salve amada linha dos caboclos, salve todos os espíritos que se dignam a nos dar sua salutar proteção e amparo.

Que vossas bênçãos possam chegar a mim puras como as águas cristalinas, fortes como os ventos bravios, concretas como a Terra e suas antigas rochas, e que iluminem meu caminho com as chamas do fogo ancestral e antigo.

Que nenhum mal tenha poder sobre mim, nenhuma pestilência chegue a mim, nenhum mau olhado, mau agouro, tristeza, doença ou miséria. Que estes males não cheguem a mim e aos que eu amo. Que meu coração e minhas intenções sejam por vós vistas, e as bênçãos me cheguem de acordo com meu merecimento perante a sabedoria Sagrada.

Muito obrigado. Que assim seja e assim será!”

𝘁𝗲𝘅𝘁𝗼𝘀 𝗮𝗹𝗲𝗮𝘁ó𝗿𝗶𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝘂𝗺𝗯𝗮𝗻𝗱𝗮

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O boiadeiro é a figura do peão sertanejo, do homem que viveu da lida do campo, do homem que viveu da criação de animais, do homem que desenvolveu muita força e habilidade para lidar com as adversidades da vida.

E justamente por essa experiência que eles tiveram na matéria, de lidar com muitas dificuldades, de ter tido uma vida dura, nessa linha de trabalho, costumam se manifestar espíritos que usam seus conhecimentos para auxiliar aquelas pessoas que estão passando por momentos de dificuldade. Os Boiadeiros, através do estalo do chicote, do couro zunindo no ar, eles conseguem promover “uma espécie de limpeza” no nosso campo energético e, com isso, eles vão dissipando o acúmulo de energia negativa. Por isso que quando vocês veem os médiuns incorporados com boiadeiros, muitos deles parece que estão rodopiando um laço ou estalando um chicote. O médium, na verdade, está repetindo os movimentos que a Entidade está fazendo. E a Entidade realmente está manuseando esses intrumentos de trabalho.

É lógico que, assim como nas outras linhas da Umbanda, nem todos os espíritos que se manifestam nessa força foram, de fato, “boiadeiros” a vida encarnada, mas todos eles têm em comum a capacidade de atuar num campo energético específico que caracteriza essa linha. O espírito do boiadeiro traz uma energia vigorosa, uma energia muito forte que ajuda a diluir cargas negativas, ajuda a desfazer magias negras. A energia do boiadeiro tem o poder de desfazer cristalizações mentais das pessoas, desfazer pensamentos obsessivos.

E os boiadeiros chegam no terreiro, chegando! Eles tem uma presença muito marcante!

É galera! Abre a gira de Umbanda que boiadeiro chegou!!! E eles chegam com força, com intensidade!

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