Fundamentos

Fundamentos :

No que acreditamos.

 

( Imagens Ilustrativas/ fonte internet)

( Imagens Ilustrativas/ fonte internet)

Na existência de um Deus, Único, Onipotente e Onisciente, criador de todas as coisas, irrepresentável sob qualquer forma e adorado sob o nome de ZAMBI;

Em Entidades Espirituais, em plano superior de evolução, que não necessitam de novas reencarnações, responsáveis pela organização dos mundos e dos seres que neles habitam.

São os Orixás, Santos, Chefes de Linhas e Falanges, executores diretos da Vontade Divina. Entre eles, Oxalá, o Cristo Planetário da Terra e, como tal, primeiro na hierarquia deste planeta.

Em Guias Espirituais e Protetores, Sábios, poderosos e bondosos, porém necessitados ainda de reencarnações para seu aperfeiçoamento. São mensageiros dos Orixás e Santos;

Em Seres da Natureza e suas energias cósmicas que, manipulados com sabedoria e bondade, sob a forma de magia, auxiliam a peregrinação do homem;

Na imortalidade do espírito, sobrevivendo á morte física, a caminho da evolução;

Na reencarnação, possibilitando o aprendizado e aprimoramento do Espírito;

Na Lei do Carma, instituindo que cada ação gera uma reação;

Na necessidade do ritual como elemento mágico e disciplinador;

Na prática da mediunidade, sob as mais variadas modalidades, com o objetivo de caridade material e espiritual;

NO RESPEITO ÁS DEMAIS RELIGIÕES, porque todas constituem caminhos de progresso espiritual que conduzem a DEUS.

Mandamentos da Lei de Umbanda

1) Não faças ao próximo o que não queres que te faça.

2) Não cobice o alheio.

3) Socorra os necessitados sem perguntas.

4) Respeite todas as religiões por que vem de deus.

5) Não critiques o que não entendes.

6) Cumpra sua missão mesmo com sacrifício.

7) Defenda-te das maldades e resista ao mal.

Expressões usadas na umbanda.

Entenda o significado de algumas palavras que fazem parte do vocabulário das entidades de umbanda.

Sessão de Umbanda: Cerimônia, rituais geralmente com a finalidade de cura física e espiritual. Por meio de guias, após dança e toques, com o uso do ponto cantado e riscado, pólvora, aguardente, defumações. Também sessão de desenvolvimento, de aprendizado e aperfeiçoamento dos médiuns, sessões festivas, públicas, com toque de atabaque e danças.

Ponto de Abertura: Cântico de abertura de uma sessão.

Ponto de Chamada: Cântico que invoca as entidades para vir ao terreiro trabalhar.

Ponto de Defumação: Cantado enquanto é feita a defumação do ambiente e dos presentes.

Porteira: Entrada do templo.

Filho de Fé: Designação do médium iniciante ou não.

Firmar: Concentrar-se para a incorporação

Firmar Anjo da Guarda: Fortalecer por meio de rituais especiais e oferendas de comida votivas e orixá patrono do médium.

Gira de Caboclo: Sessão religiosa, o mesmo que gira; só que voltada somente para a linha de caboclo.

Gira: Sessão religiosa, com cânticos e danças para cultuar as entidades espirituais. Firmar Ponto: Cantar coletivamente o ponto (cântico) determinado pela entidade que vai dirigir os trabalhos para conseguir uma concentração da corrente espiritual.

Firmeza: O mesmo que segurança, conjunto de objetos com força mística (axé); que enterrados no chão protegem um terreiro e constituem sua base espiritual.

Cazuá: Terreiro, Templo, Local.

Dar Firmeza ao Terreiro: Riscar ponto na porteira, sob o altar, defumar, cantar pontos, etc. São feitas antes de uma sessão, para afastar ou impedir a entrada de más influências espirituais.

Descarregar: Livrar alguém de vibrações maléficas ou negativas.

Descer: Ato de orixá ou entidade incorporar.

Desenvolvimento: Aprendizado dos iniciados para melhoria de sua capacidade mediúnica; com a finalidade de incorporação de entidades.

Despachar: Colocar, arriar em local determinado pelos orixás ou entidades ? guias, os restos de oferendas.

Despachar Exu: Enviar exu por meio de oferendas (de bebidas, comidas, cânticos e sacrifício animal), para impedir de perturbar a cerimônia.

Despacho: Oferenda feita a exu com a finalidade de enviá-lo como mensageiro aos orixás e de conseguir sua boa vontade, para que a cerimônia a ser feita, não seja perturbada. Oferta feita por terreiros de Quimbanda com a finalidade de pedir o mal para alguém, geralmente colocado em encruzilhada.

Oferenda a exu com finalidade de desfazer trabalhos maléficos. Fundamentos: Leis de umbanda, suas crenças.

Encosto: Espírito de pessoas mortas. Que se junta a uma pessoa viva, conscientemente ou não, prejudicando-a com suas vibrações negativas.

Encruza: Local onde habitam os exus; é o cruzamento dos caminhos, vias férreas, ruas, etc.

Entidades: Seres espirituais na umbanda.

Espírito de Luz: Espírito muito desenvolvido, superior e puro.

Espírito sem Luz: Espírito inferior, pouco evoluído, apegado à matéria. Baixar: possuir por parte do orixá ou entidade, o corpo de um filho ou filha de santo.

Banda: Lugar de origem de entidade.

Burro: Termo usado pelos exus incorporados para designar o médium. Calunga Grande: Mar; oceano.

Desencarnar: Ato do espírito da pessoa deixar o corpo ? morrer.

Encarnação: Ato de vir um espírito à vida terrestre, tomando um corpo, ou voltar num corpo novo e continuar sua evolução espiritual.

Encruza: Ritual realizado pelo dirigente espiritual antes do início das sessões e que consiste em traçar cruzes com pemba na testa, nunca no peito, nas costas, na palma das mãos e na sola do pés.

Calunga Pequena: Cemitério.

Dar Passagem: Ato do orixá ou guia deixar o médium para que outra entidade nele se incorpore.

Dar  passes: Até da entidade, através do médium incorporado, emitir vibrações que anulem as más influências sofridas pelos clientes, através de feitiço, olho gordo, inveja, etc. E que abrem os caminhos.

Descarga: Ação de afastar do corpo de alguém ou de um ambiente, vibrações negativas ou maléficas por meio de banhos, passes, defumação, queima ou pólvora.

Engira: O mesmo que gira ? trabalho ? sessão.

Despachar: Colocar, arriar em local determinado pelos orixás ou entidades ? guias, os restos de oferendas.

Despachar Exu: Enviar exu por meio de oferendas (de bebidas, comidas, cânticos e sacrifício animal), para impedir de perturbar a cerimônia.

Espíritos Obsessores: Espíritos sem nenhum desenvolvimento espiritual, que se apossam das pessoas, fazendo-as sentirem doentes, prejudicando-as em todos os sentidos.

Fechar a Gira: Encerrar uma sessão ou uma cerimônia em que tenha havido formação de corrente vibratória.

Fechar a Tronqueira: Fechar o terreiro às más vibrações dos quiumbas, por meio de defumação e aspersão de aguardente nos quatro cantos do local onde se realizará o culto.

Feitiço: Irradiação de forças negativas, maléficas contra alguém, despacho, objeto que contém vibrações maléficas

Firmar Porteira: Riscar a entrada do templo, um ponto especial para protegê-lo de más influências ou fazer defumação na entrada

Fundanga: Pólvora.

Guia de Cabeça: Orixá ou entidade principal do médium.

Rabo de Saia: Mulher na linguagem dos pretos velhos e exus.

Perna de calça: Homem na linguagem dos pretos velhos e exus.

Riscar Ponto: Fazer desenhos de sinais cabalísticos que representam determinadas entidades espirituais e que possuem poderes de chamamento das mesmas ou lhe servem de identificação.

Preceito: Determinação. Prescrição feita para ser cumprida pelos fiéis.

Puxar o Ponto: Iniciar um cântico. É geralmente feito por um ogã, em seguida acompanhado pelos médiuns.

Quebrar as Forças: Neutralizar o poder de qualquer feitiço seja para o bem ou para o mal.

Tomar Passe: Receber das Mãos dos médiuns em transe vibrações da entidade, as quais retiram do corpo da pessoa os males provocados por vibrações negativas, provenientes de mau olhado, encosto, castigo das entidades, etc.

Abó – banho de odor desagradável, em cuja composição entram várias ervas.

Amací – banho de ervas, feito para lavar a cabeça.

Amalá – comida que se dá aos Orixás.

Atabaque – tambor usado para acentuar o ritmo dos pontos.

Cambone ou cambono – auxiliar ou assistente do Orixá.

Carregado – cheio de maus fluídos.

Ebó – presente, oferenda.

Filho de santo – médium com batismo na Umbanda, com o Guia Identificado.

Guia – protetor do médium; colar de contas, pedra ou metal.

Mãe ou Pai pequeno – auxiliar imediata da Mãe ou Pai de Santo.

Mãe de Santo – mulher dirigente do terreiro, ou médium coroada.

Marafa ou marafo – aguardente, qualquer tipo de bebida alcoólica.Patuá – talismã usado para dar sorte ou proteção.

Pemba – giz especial com que se riscam os pontos.

Saravá – cumprimento comum e geral na Umbanda, o mesmo que ?salve?.

Toco – vela, charuto, cigarro, banco.

𝘁𝗲𝘅𝘁𝗼𝘀 𝗮𝗹𝗲𝗮𝘁ó𝗿𝗶𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝘂𝗺𝗯𝗮𝗻𝗱𝗮

( Imagens Ilustrativas/ fonte internet)

Martim Pescador é uma entidade muito conhecida nas religiões afro-brasileiras, geralmente se manifesta como um marinheiro. Está presente na umbanda, tambor de mina, candomblé de caboclo, catimbó/ jurema etc.

Segundo Édison Carneiro, em Negros Bantos, citado por Câmara Cascudo em Enciclopédia do Folclore Brasileiro:

“O mais estranho dos orixás das águas* é o pássaro martim-pescador, também conhecido entre os negros, por marujo, pássaro cuja missão consiste em ser leva-e-traz para as súplicas dos mortais às divindades do mar. Este moço de recados sui generis desfruta por isso mesmo uma posição invejável no coração dos bantos, que o deificaram e continuamente lhe rendem homenagem. Quando isso acontece, o martim-pescador, também chamado martim-bangolá ou martim-ki-mbanda, agradece da seguinte maneira, que não deixa na sua simplicidade de ser comovedora: ‘Meu caranguejinho/ do fundo do má,/ Deus lhe dê vida e saúde,/ Casa para morá,/ dinheiro para gastá. / Venha cá, venha cá…’ Sem dúvida, o caso do martim-pescador é único na história do fetichismo negro no Brasil”.
* Na verdade, Martim Pescador não se trata de um orixá, mas de um guia espiritual, entidade ou encantado.

Referência

Dicionário de Folclore Brasileiro – Luís da Câmara Cascudo – Ediouro

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