História de MARIA PADILHA DO CABARÉ!
Uma mulher bonita, jovem, sedutora, elegante, feminina, faceira,
astuta, audaciosa, mas também tem vidência. É certeira e sempre tem algum conselho para as pessoas, principalmente para aquelas que sofrem de amor. Sua força também é usada para desmanchar feitiços, pedir proteção, curar doenças e zelar pelas coisas do coração e do dinheiro.
É muito temida por sua frieza e seu implacável poder na questão de demandas.
De acordo conta uma lenda, MARIA PADILHA RAINHA DO CABARÉ foi espanhola e rainha, dona de castelo, e adorava bacalhau, queijos e vinhos. Claro que hoje, devido sua evolução, aceita oferendas comuns.
Mas ela é muito fina, sabe o que é bom, gosta de joias, de belas roupas feitas de bons tecidos e adora saias com muitos babados e leque.
Esta sra gosta de ser bem cuidada, principalmente pelos seus aparelhos mediúnicos, joga cartas, sabe ser amiga de seus cavalos e sabe o que diz – vem à terra a trabalho e não a passeio.
Como toda Padilha, gosta de champanhe, licor de aniz, martini, campari e mel.
Seus ebôs (nas religiões que os fazem) são pata preta, pomba preta e cabra preta.
Fuma cigarros e cigarrilhas de boa qualidade. Recebe suas oferendas, seus presentes e seus despachos em encruzilhadas em forma de “T” ou de “X”, de preferência perto de cabarés (irá de acordo com o pedido da entidade).
Adora cosméticos e espelhos. As rosas a serem oferecidas a esta pombagira devem ser vermelhas (nunca botões) em número ímpar, cravos e palmas vermelhas.
Símbolos: pássaro, tridente, Lua, Sol, chave e coração.
As velas podem ser pretas e vermelhas, todas vermelhas e, em certos casos, pretas e brancas ou, ainda, todas brancas (dependerá do trabalho a ser realizado; a entidade dirá qual cor a usar).
Outra história diz que, quando encarnada, ela foi dona de um cabaré espanhol muito luxuoso e famoso, responsável por torna-la uma mulher marcante na sociedade da época. Amou apenas uma vez e por ter sofrido por esse amor, nunca mais amou ninguém. Foi uma mulher bem sucedida e se tornou muito rica.
Ela tinha um dom que lhe acompanhava desde menina: o dom das cartas – o misterioso futuro no qual ela o adivinhava; este dom veio de seus antepassados espanhóis.
O sofrimento por esse amor foi o que a fez suicidar-se: ela amava um de seus empregados, que era garçom em seu bordel, mas ele era apaixonado por uma das meninas que trabalhavam lá.
Um dia os dois amantes fugiram; MARIA PADILHA RAINHA DO CABARÉ sofreu muito e, não aguentando a solidão, matou-se ao se atirar de um penhasco.
Foi assim que ela foi parar no Umbral.
Ela tem 7 amores – seus maridos são o exu Rei das Sete Liras, exu LÚCIFER, Zé Pilintra, Zé Malandro, Zé do Catimbó e outros da falange da malandragem. D. MARIA PADILHA RAINHA DO CABARÉ é a grande dama da malandragem, tanto que em suas festas os
Malandros são presença marcante.
DONA RAINHA DO CABARÉ gosta de luxo, dos homens, de dinheiro, da boa vida, dos jogos de azar, de baile e de música.
É uma grande bailarina, cujos movimentos podem incluir passos das ciganas em alguns momentos, mexendo sensualmente seus braços, como quem desfruta plenamente de seduzir com o corpo em movimento.
Seu porte é altivo, orgulhoso, majestoso; possui características das mulheres que não tem medo de nada.
Rainha do Cabaré também é um dos títulos dado à falange de Maria Padilha. Outros títulos são Rainha da Lira, Rainha do Candomblé, Rainha da Malandragem, Rainha dos Infernos, Rainha das Marias, Rainha das Facas, Mulher de Lucífer, Rainha dos Ciganos etc.
“Uma mulher que nasceu em um dia qualquer, que se criou sozinha e se tornou Rainha pela sua própria força, teve vários homens em sua cama, mas amou um só.”