SER MÃE DE SANTO

SER MÃE DE SANTO

Ser MÃE DE SANTO é viver mil vezes em apenas uma vida, é lutar por causas perdidas, é desconhecer a palavra recompensa apesar dos seus atos.

( Imagens Ilustrativas/ fonte internet)

Ser MÃE DE SANTO é caminhar na dúvida cheia de certezas, é correr atrás das nuvens num dia de sol e alcançar o sol num dia de chuva.
Ser MÃE DE SANTO é chorar de alegria e muitas vezes sorrir com tristeza, é cancelar sonhos em prol de terceiros, é acreditar quando ninguém mais acredita, é esperar quando ninguém mais espera.
Ser MÃE DE SANTO é identificar um sorriso triste em uma lágrima falsa, é ser enganado e sempre dar mais uma chance, é cair no fundo do poço e emergir sem ajuda.
Ser MÃE DE SANTO é se perder em palavras e depois perceber que se encontrou nelas, é distribuir emoções que nem sempre são captadas.
Ser MÃE DE SANTO é comprar, emprestar, alugar, vender sentimentos, mas jamais dever, é construir castelos na areia, vê-los desmoronados pelas águas e ainda assim amá-las.
Ser MÃE DE SANTO é saber dar o perdão, é tentar recuperar o irrecuperável, é entender o que ninguém mais conseguiu desvendar.
Ser MÃE DE SANTO é estender a mão a quem ainda não pediu, é doar o que ainda não foi solicitado.
Ser MÃE DE SANTO é ter a arrogância de viver apesar dos dissabores, das desilusões, das traições e das decepções.
Ser MÃE DE SANTO é ser pai dos filhos dos outros e muitas vezes não ser dos seus, é amar igualmente e nem sempre ser amado.
Ser MÃE DE SANTO é ter confiança no amanhã e aceitação pelo ontem, é desbravar caminhos difíceis em instantes inoportunos e fincar a bandeira da conquista em meio a derrota.
Ser MÃE DE SANTO é entender as fases da lua por ter suas própria fases. É ser “nova” quando o coração está a espera de filhos de Santo, ser “crescente” quando estes filhos batem a sua porta, ser “cheia” quando já não cabe tantos filhos no Ylê e “minguante” quando muitos desses filhos vão embora cortando seu coração ao meio com injurias e falsas palavras.

( Imagens Ilustrativas/ fonte internet)

( Imagens Ilustrativas/ fonte internet)

SER MÃE DE SANTO é hospedar dentro de si o sentimento de perdão, é voltar no tempo todos os dias e viver por poucos instantes coisas que nunca ficaram esquecidas.
Ser Pai de Santo é cicatrizar feridas de outros e inúmeras vezes deixar as suas próprias feridas sangrando e doendo.
Ser MÃE DE SANTO é chorar calado as dores de todo mundo e em apenas um segundo já estar sorrindo.
Ser MÃE DE SANTO é subir degraus e se os tiver que descer não precisar de ajuda, é tropeçar, cair e voltar a andar sozinho.
Ser MÃE DE SANTO é saber ser super-homem quando o sol nasce e virar Cinderela quando a noite chega.
Ser MÃE DE SANTO é acima de tudo um estado de espírito, é ter dentro de si um grande tesouro escondido chamado FÉ… e ainda assim dividi-lo com o mundo, mesmo que o mundo não mereça e sem esperar nada em troca!

𝘁𝗲𝘅𝘁𝗼𝘀 𝗮𝗹𝗲𝗮𝘁ó𝗿𝗶𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝘂𝗺𝗯𝗮𝗻𝗱𝗮

( Imagens Ilustrativas/ fonte internet)

Exu tranca rua
“Exu que é Exu trabalha e não enrola…” Exu Tranca Ruas é um dos mais conhecidos e cultuados dentro da Umbanda Sagrada e também um dos mais “comentados” fora das giras. Sempre se canta pra ele na abertura de um trabalho… Ele é aquele que tranca e destranca um lugar, um caminho ou uma situação.
O Exu Tranca Ruas desta seara trabalha nas Linhas de Ogun e Omulu, servindo a Falange das Almas, fazendo “puxadas” como ninguém. Ou, como ele mesmo diz: “Sou bom em tirar o mal do couro dos outros!
Esse Exu viveu no Brasil Colônia e foi um senhor feudal, dono de muitas terras e muitos escravos, enriqueceu muito, conheceu o bem e o mal de perto e viveu muitos anos. Ao desencarnar, o bem era sua soma de méritos de muitas vidas e o mal representava sua dívida com a humanidade. Quis pagar… Pediu para ser um servo daqueles a quem perseguiu. E assim foi…
Hoje é respeitado e honrado, cumpriu seu dever e pode seguir sua jornada, mas preferiu ficar trabalhando como Exu, para continuar servindo a Umbanda e a todos que dele precisarem. Segundo ele, Exu não tem nome, Exu não tem história, Exu apenas faz! É assim Exu: muitas vezes temido, muitas vezes aclamado, mas sempre necessário!

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